É um tanto frustrante ter tantas coisas pra dizer ensaiadas no meu coração e perder as palavras quando preciso usá-las. Por mais que aqui eu pareça segura, a sua presença é mais do que suficiente pra dissolver o meu chão, e, na iminência de cair - antes num abismo que nesse seu jeito tão sutil de me deixar desconcertada -, acabo me transformando numa boba sorridente que não lembra nem do próprio nome. Infinitos assuntos nesse mundo, milhares de coisas não ditas, milhares de coisas importantes e muitas e muitas milhares de coisas nem tão importantes assim... dentre tudo isso, eu só precisava de um fio de ideia que me trouxesse de volta a voz. Foi então que descobri alguma força inexplicável que irradia de você e me mantém anestesiada, com os olhos desfocados e esse sorriso brincando a contragosto em meus lábios. Essa força que destrói as minhas bases e me faz vulnerável é a mesma que não me permite ir embora de repente, jogar tudo pro alto, te largar no meio do caminho, no meio da minha vida, pra que o tempo se encarregue de me levar adiante e te deixar pra trás.
Eu nunca te disse, porque esse é o meu jeito de ser tímida e gostar de alguém, mas quem sabe uma hora a gente se esbarre de vez e você também se dê conta desse tal ímã invisível chamado amor.