terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Reveillon


Um ano passa voando, mas é, sobretudo, quase uma vida inteira. Vida nova, como todos desejam que seja a cada contagem regressiva dos últimos 10 segundos que restam ao passado.
E quando você pula de uma cadeira com o pé direito no chão, uma parte irracional na sua cabeça espera um ano perfeito. Eu esperei, por horas e mais horas, pra depois descobrir que desperdicei cada uma delas enquanto meus sonhos, aqueles velhos sonhos de sempre, eram deixados de lado. Esperando novos objetivos, novas vitórias, novos planos, eu esqueci dos que já tinha. Foi então que aprendi que manter é mais importante - e mais difícil - que conquistar. Ah, e as promessas? Prometi muito pra mim e pouco pros outros, talvez porque minha consciência se encarregasse de cobrar mais que olhares nada disfarçados, talvez por mais medo de decepcionar quem eu amo do que a mim mesma. Cumpri algumas, não posso dizer que foram todas; aliás, há tempos que venho tentando acertar as contas comigo. Mas sempre vem outro 31 de dezembro pra me fazer tentar, ou pelo menos querer, mudar esse jeito inconsequente de seguir seguindo.
'Esse ano vai ser diferente'.
E dessa vez vai mesmo. 2010 foi feito de 365 chances pra mudar o mundo e muitas outras pra mudar a menina que escreve essas palavras. Vou me lembrar de cada noite ouvindo Clocks antes de pegar no sono, do melhor 19 de novembro que já tive, do meu primeiro e único blog, dos meus outros e vários amores e daqueles mesmos e insubstituíveis amigos. 2010 foi idealizado, 2011 será cumprido. Novos dias, mas nem tudo vai ser diferente. Ainda vou gostar de Harry Potter, ainda vou usar All Star, ainda vou ouvir Coldplay e ainda vou ser eu, escrevendo aqui, jogando as palavras na tela e casualmente encontrando alguém que as leia.
A esses e também aos que não me conhecem, feliz ano novo. Chega de falar de sonhos, hora de vivê-los.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Alive


Vida é a duração desse intervalo entre o momento em que você é colocado no mundo e o momento em que é tirado dele. Viver é o quanto você consegue aproveitar esse tempo. Mas isso é teoria. Viver são coisas como aquele joelho ralado que está marcado até hoje, tardes que não deveriam ter fim, sorrisos provocados, olhares retribuídos, segundos tão importantes que mereceram toda a sua pressa para serem presenciados. Viver é quando você chega a tempo, quando está lá. É aquele 'eu te amo' que você ouviu e os que conseguiu dizer com toda sinceridade. Viver é a falta de motivos, o excesso de liberdade, os inúmeros sonhos e a montanha de vontades que você segura aí dentro do coração. E nas vezes em que tudo isso é apresentado à realidade, você se intitula feliz.
Valer a pena. É pra isso que lutamos, o porquê de ainda estarmos tentando.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

u need


Você sabe o quem dizem, 'você só precisa de um porre e um novo amor'. Acontece que mágoas afogadas em copos de cerveja ou lágrimas misturadas à bebida não resolvem nenhum tipo de problema, que dirá os do coração. Nessas horas, a falta de reflexos é menos oportuna que a falta de lembranças, afinal, sua intenção é esquecer, não distorcer. 
Quanto ao novo amor... quais são aqueles solitários que não desejam encontrá-lo? E quais são os que não o fazem da maneira mais errada? O jeito errado de começar, com a pessoa errada, na hora errada; o jeito errado de permanecer, de estar e não estar, de querer e mostrar que quer; o jeito errado de terminar, com as palavras erradas, pelos motivos errados.
Mas você sobrevive. Você aprende e passa a recomeçar sem mais delongas, dispensa os escândalos e os copos, e finalmente percebe que só a parte do novo amor já está de bom tamanho pra seguir em frente.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


É tão fácil se declarar livre. Você está cheio de escolhas pra fazer, algumas por vontade, outras por obrigação, mas ainda sim escolhas. Falando assim, pode parecer que não há destino ou força capaz de tirar o controle de suas mãos.
Se eu pudesse, amaria com a cabeça e não com o coração. Resolveria de uma hora pra outra gostar de quem gosta de mim, com a mesma naturalidade de quem acende uma luz. Razões desconhecidas nos levam a crer que o difícil, doloroso, desgastante e complicado é tudo que existe quando você atravessa o espaço do seu umbigo e tenta encontrar alguém pra chamar de seu. Mas sabe de uma coisa? Passei a acreditar mais nas minhas escolhas, passei a duvidar menos de mim e, principalmente, passei a me perguntar o que eu quero e não quem eu quero. Descobri que nunca estive nem precisei estar dividida, pois pra mim a felicidade sempre foi a única opção, embora eu me esquecesse disso às vezes. De agora em diante, ela será mais do que prioridade.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Tudo estava bem.


Confesso que não entendi direito o que estava acontecendo.
Fiquei lá, olhando pela primeira vez a página 590, meio abobada, meio ansiosa, com um nó sufocante no fundo da garganta.O fim estava bem ali, no último ponto final daquela folha.

Tudo estava bem.

Não, não estava não. Li uma, duas, dez, cinquenta vezes a última frase. Onde estava o resto? E o que acontecia depois? Nos acostumamos a ter sempre uma nova linha pela frente. Nos acostumamos a sorrir e chorar com o garoto da cicatriz na testa, a seguir seus passos. O fim parecia algo muito, mas muito distante, e havia sempre o conforto de um novo livro pela frente. Agora, não havia mais nada além daquele último ponto na página 590. Não sei como aconteceu, mas passou rápido demais.
O final chegaria. Mas nunca pensei que fosse me sentir tão... vazia. Uma parte de mim ficava ali, junto com aquele encerramento. Uma perte enorme, que esperava o tal garoto da cicatriz entrar mais uma vez no Expresso de Hogwarts ou jogar mais uma partida de quadribol. Enquanto 19 anos voaram na frente dos meus olhos, fiquei parada no tempo, desejando infantilmente voltar ao armário embaixo da escada e começar tudo de novo. Chorei, mas não foi de tristeza.
Foi de orgulho, por ter acompanhado Harry até o fim.

sábado, 20 de novembro de 2010


Eu dei um tempo.
É, nem sempre dá pra seguir desabalado por uma estrada. As ideias começaram a rarear, não estão mais firmes nem melhores do que antes. Por isso resolvi parar um pouco pra colocar a cabeça no lugar, me lembrar do que é realmente importante e vale a pena compartilhar com as pessoas aqui no blog. Eu espero não ser uma perda de tempo pra quem ainda se dá ao trabalho de voltar aqui; do mesmo jeito que gosto de ler textos bonitos e coisas interessantes, gostaria de oferecer alguma coisa legal pra quem visita o Lari's Hut. Então, acho que é hora de organizar a casa, o blog, eu mesma, a vida, enfim.

domingo, 7 de novembro de 2010


Você fala, eu escuto. Você pergunta, eu gasto minha sanidade atrás de uma resposta. Você chora, choramos as duas. Você ri, eu compartilho o motivo e a risada... bem, somos duas palhaças. É incrível como duas pessoas tão diferentes podem se dar tão bem. É incrível como alguém pode confiar tanto em outra pessoa como eu confio em você.
Amizade. Você me ensinou que vai além de dividir um sentimento grande demais pra um só suportar, seja a alegria ou a dor. Amizade é quando você está aqui e também quando não está. É deixar o tempo passar, mas não deixá-lo se sobrepor, e mesmo depois de 1, 2 ou 10 anos lembrar daquela piada ridícula que rendeu um apelido e meia hora de risadas. É contar os dias, contar os segredos, contar a vida. É puxar a orelha na hora certa, e te puxar pra cima quando se está próximo demais do chão. Amizade é ser filha única e ter uma irmã.
Eu já te disse. Você tem todo crédito pra desabafar, esbravejar, ficar indignada, ser chata ou relatar bobagens esparsas quando quiser. Se não puder me ver, fale mesmo assim; eu não vou estar tão longe que não possa te ouvir.
O mundo não seria vivível sem você. Vou lembrar disso sempre e sempre.
Te amo, amiga.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A caixa


Posso observar as pessoas escreverem e escreverem. Falam de vidas diferentes, nem sempre as suas, por vezes criadas, vidas felizes, vidas tristes, pessoas boas, pessoas ruins. Escrevem sobre tudo. Leio cada uma de suas palavras e admiro a sensibilidade depositada nelas. E é comparando essa sensibilidade às minhas desembestadas, esquisitas e insossas ideias que fica evidente a minha falta de jeito.
Não paro pra pensar no que dizer, não paro pra parar e poder contar que fiz isso, não vivo pra virar um conto de fadas ou uma tragédia. Minhas brilhantes deduções do óbvio são construídas em dois tempos de História numa quarta-feira qualquer, tão sem importância quanto toda quarta-feira, sempre entediante. Falo de mim porque não consigo falar dos que amo e fazer-lhes justiça no quanto são maravilhosos, nem falar dos que odeio, pois depois de 5 minutos não consigo me lembrar do mal que me fizeram. Inventar personagens é muito fácil, são outras vidas, que nem chegaram a nascer, mas as quais conheço muito profundamente, pois só existem pra mim. Bem-vindos ao cubículo onde começam as minhas desventuras.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ploc.


Hoje eu só quero as coisas mais ínfimas que esse mundo pode me dar. Vou me desligar agora, por 5 minutos ou por várias horas, não pretendo estar a par das tristezas que não as minhas próprias. Estarei na varanda, tomando um café e vendo a chuva cair. E que caia uma tempestade, que o mundo se desfaça em água e todas as tragédias sejam finalmente resumidas a nada. Vou esperar aqui, paciente como sempre, até que a última gota se misture às minhas lágrimas pra lavar todo o mal que meus olhos ainda podem ver. Se a chuva abrandar e escorrer lentamente do céu, ficarei pedindo em silêncio que ela nunca cesse. E se dali eu tirar toda a inspiração pra minhas histórias, o que sobrará aos corações alheios? Decidi que não posso falar apenas da chuva, as palavras acabam e muito pouco é dito; posso apenas observá-la, pois é o único modo de encontrar respostas onde não há sem deixá-la perder a essência.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Anônimo


Continuo me repreendendo por reparar em seus olhos. Passei a evitá-los, com medo de que ele pudesse ler as palavras gravadas em minha alma e descomplicar a minha complicação característica. Mas apesar do olhar conservar a mesma intensidade e o mesmo tom de verde, ele já não é o mesmo. Não o conheço mais, talvez nem ele conheça a pessoa na qual se transformou. Eu, particularmente, gostava mais do bobo sincero de sorriso fácil do que esse estourado inconsequente que parece se irritar com tudo e com todos.
De qualquer forma, eu não devia me importar. Fiz isso por muito tempo e acabei falando com as paredes. Por fim, até elas se cansaram da minha ladainha, não moralista ou exemplar, simplesmente respingada de bom senso. Pra ele, que sempre teve idade suficiente pra cuidar do próprio umbigo, não parece incômodo dirigir um comentário ácido a torto e a direito. Pra mim, encarregada de observá-lo só por prazer, é especialmente desagradável vê-lo tão instável e hostil, sabendo que aqueles olhos já ostentaram o brilho que eu tanto amava; em dias melhores, havia ali algo de cúmplice, algo que já não tenho forças pra procurar.

terça-feira, 12 de outubro de 2010


Descobri que é muito improvável que um dia eu vá ser lembrada por um grande feito. A questão não é ser admirada, é simplesmente poder ajudar de alguma forma. Às vezes, é como se o mundo girasse e eu só pudesse assistir, impotente, inerte, pasma até. Os loucos, os ambientalistas, os padres, os físicos e os poetas dizem que cada pequena escolha, até a de se manter em silêncio, representa uma grande mudança no futuro. Quer dizer duas coisas. Primeira: você é dono de si e pode muito bem escolher o futuro que quer ter e, de brinde, precisa arcar com suas consequências. Segunda: você não é dono nem do próprio nariz, afinal de contas, o futuro não depende só da sua opinião e existem mais 7 bilhões que precisam ser levadas em conta.
Então, comecei a mudar minhas prioridades. De nada vai adiantar minha revolta muda com os pequenos transtornos do cotidiano, minha indignação pelas escolhas alheias não tem a menor importância. Não é assim que se muda o mundo. Talvez eu devesse partir de uma conversa, talvez o início fosse uma confissão, um segredo, um desabafo, uma declaração. Descobri que a atenção que posso dedicar a alguém tem o poder de ser decisiva naquele momento, naquela vida, naquele coração. Pra mudar o mundo inteiro, quem sabe começando pelo mundo de alguém.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Suas opções


Quero que você saiba que eu não vou estar aqui pra sempre. Então, se tem algo pra me dizer, que seja agora. Decida o meu, o seu e talvez o nosso futuro de uma vez, não espere mais o momento certo, ele nunca vai chegar - nós somos as pessoas erradas. Seja lá o que for dizer, que seja em uma frase curta e direta, que não dê espaço para reações exageradas ou escândalos totalmente desnecessários. Você tem duas opções.

1. Acho que acabamos por aqui.
É, vai ser ruim. Você sabe que vou sentir sua falta, mas tenho uma grande capacidade de adaptação. Além do mais, aprendi a conviver com a dor, aprendi a aceitá-la quando vier, aprendi a aprender com ela. Eu vou sobreviver. Queria que você tivesse tanta dificuldade quanto eu pra dizer adeus, mas, cá entre nós, você já está acenando ao longe, e logo verei sua figura desaparecendo à distância e se misturando com o horizonte, pela última vez. Se por acaso sentir minha falta, afaste depressa esse pensamento e não olhe pra trás. Não tente voltar, pois eu não estarei te esperando no ponto em que você me deixou.

2. Eu te amo.
Eu também.

domingo, 10 de outubro de 2010

Ame-a


Pois ame-a.
Ame-a e declare-se todos os dias. Não dê apenas flores ou chocolates, não há perfume nem sabor se não houver a sinceridade em seu gesto. Agora que tem liberdade e oportunidade, diga a ela aquelas frases bonitas que você ensaiou por tanto tempo e não tinha a quem contar. Ame-a. Ame-a com o amor que você aprendeu a guardar quando ninguém olhava, ame-a com cada nota da sua música ruim, ame-a com seus olhos - que eu vejo persegui-la sempre com a mesma ansiedade. Ela não é indiferente, não é fria, não é apática, não é distante; ela retribui cada sorriso seu com outro ainda mais carinhoso. Então ame-a muito, e ame cada segundo com ela.
Ame-a quando ela estiver certa, ame-a quando estiver errada; ame-a nos dias de sol assim como nos de chuva; ame-a se quando ela estiver feliz, triste, cansada, animada, esperançosa ou desiludida; ame-a mesmo quando ela disser não querer ser amada - lembre-a e a si mesmo que ela nunca soube mentir direito.
Só mais uma coisa. Não sinta saudades, não lamente nenhum momento vivido antes de tê-la em seus braços. Era apenas outra vida, sem cor, sem sentido, jogada por aí à espera do vento pra seguir em frente. Agora, talvez você continue sem saber pra onde vai, mas sabe com quem deve estar.

sábado, 9 de outubro de 2010


E as opções que poderiam ter aparecido? Talvez eu me arriscasse a qualquer segundo. O garoto tímido, perfeito para esse meu jeito de tentar descobrir o que se passa no caração das pessoas; o garoto nerd, que teria um futuro brilhante e conheceria todos os livros que já li; o garoto sério, que faria de mim alguém mais centrada e de poucas palavras; o garoto preocupado, que não se esqueceria de me lembrar dos compromissos.
Acontece que o garoto tímido nunca me contaria seu dia bom ou ruim, como você me contou. O garoto nerd não se daria ao trabalho de ouvir minhas idiotices, como você ouviu. O garoto sério não me faria sorrir, como você fez. O garoto preocupado não saberia a hora de parar o mundo e olhar nos meus olhos, como você olhou.
Mesmo que eu tivesse todas as afinidades possíveis com alguém, estaria incompleta. Ninguém precisa de um espelho. O que eu quero é esse jeito que te torna tão diferente de mim, tão único.

domingo, 3 de outubro de 2010


Sabe de uma coisa? Até o maior dos poetas se cansa de escrever sobre a dor. Definitivamente, não tenho grande habilidade com as palavras, mas cansei de direcionar as minhas sempre para o mesmo discurso de menina frágil e infeliz, que se submete ao sofrimento esperando por um amor que nunca vem. Acho que outras garotas já chegaram ou mesmo irão chegar a esse ponto, é uma questão de tempo. Todas nós merecemos descobrir que a solução não é abdicar das oportunidades de ser feliz, mas sim saber reconhecer quando elas deixam de ser promissoras e se tornam infrutíferas. Quanto mais demorarmos pra entender isso, mais lágrimas ficarão incontidas nos olhos, mais tempo será jogado no lixo, mais vezes voltaremos à conclusão de que um é melhor do que dois - e no fundo sabemos que isso não é verdade.
Se escrever sobre as mágoas acumuladas no caminho for uma válvula de escape, não há motivos para deixar de fazê-lo. Mas se escrever sobre essas mágoas se tornar um hábito e sua voz soar como um pedido estrangulado de ajuda, saiba que alguma coisa está errada. Pare de falar dele, sua indiferença e seu cabelo de hamster. Ninguém o conhece. Na realidade, querem conhecer aquela que tanto se empenha em descrever as próprias desilusões. Fale de você. Conte-nos seus prazeres mais insignificantes ao correr descalça, olhar a chuva ou cantar no banho. São essas bobagens que arrancarão os sorrisos alheios, mais ainda, farão a menina dos sonhos perdidos encontrar-se, enfim.

sábado, 2 de outubro de 2010


Da série preciso disso agora - to de brinks, mas não é incrivelmente fofo?, 5 coisas encontradas por aí.

1. Despertador do Pac Man
2. Câmera (sério mesmo, tira foto né?!) em forma de biscoito
3. Fones de ouvido
4. Plantinhas dentro de lâmpadas (você só precisa deixá-las na luz e colocar água regularmente né?!)
5. Almofadas com desenhos divertidos

Franz Ferdinand


Escoceses, estilosos, talentosos e animados. Esses são Alex Kapranos, Bob Hardy, Nick McCarthy e Paul Thomson, os quatro rapazaes que formam o Franz Ferdinand.
A banda tem músicas com uma pegada mais dançante, inspirada naquele povo lindo dos anos 80, como Talking Heads, mas foi formada mais ou menos por 2003. Ganharam destaque mesmo em 2004, recebendo o Mercury Music Prize, prêmio no Reino Unido. Com clipes incrivelmente criativos, letras interessantes, um ritmo contagiante e uma atuação brilhante durante os shows, em pouco tempo Franz Ferdinand se tornou um fenômeno. Mas talvez existam mais motivos pro sucesso. Pra gravação do álbum mais recente da banda, Tonight, Alex Kapranos declarou que foram usados métodos, digamos, pouco convencionais. “Nós estávamos fazendo algo parecido na faixa ‘What She Came For’. Gravamos a guitarra nesse grande hall perto do estúdio e Nick subiu ao telhado e jogou o cabo do microfone para baixo. Quando fomos gravar, Dan estava balançando o microfone perto do amplificador de guitarra. O som ficou incrível.” Enfim. Tudo o que podemos dizer é que deu certo. Os três álbuns da banda até agora são o Franz Ferdinand (2004), You Could Have It So Much Better (2005) e Tonight: Franz Ferdinand (2009).


Deixei aqui alguns dos clipes que eu mais gosto. Vale a pena ouvir também No You Girls (que é extremamente viciante), Ulysses e This Fire.





Pra saber tudo sobre a banda é só passar no site Franz Ferdinand Brasil.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Dou tempo ao tempo, seguro as palavras, mantenho o controle. Poderia te perguntar a qualquer momento o mesmo que te perguntei há alguns meses, esperando igualmente esperançosa por uma resposta que nunca veio. Não foi o que eu esperava. Queria terminar aquela conversa com um sorriso nos lábios e o coração leve, preenchido apenas pelo maior dos amores; tudo que você me deu foi uma sombra no rosto e motivos pra não desejar nunca mais sua imagem tomando conta dos meus sonhos.
Mas eu perguntaria. Mais uma vez, eu perguntaria quem era aquela que tanto te fez mudar, a dona do seu suspiro mais distante, aquela que te incomodava, por quem você sofria, a quem você escreveu versos de músicas que ela não conhecia, seu último pensamento antes de fechar os olhos e adormecer. Como eu queria que sua resposta fosse diferente. Você não disse meu nome na primeira vez. Agora, eu queria muito acreditar que você mentiu. Queria que você olhasse nos meus olhos e confessasse que não foi sincero, queria que tivesse medo de me perder, que fizesse de tudo pra não me deixar escapar, não agora que pode contar as batidas do meu coração por outro alguém.
Já não sei o que fazer. Se por um lado começo a seguir em frente guiada por outras mãos, por outro estou presa a algum lugar em que sua voz insiste em ecoar, onde sei que é quase impossível te esquecer.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Exceção


Descobri que existem muito mais motivos pra não dar certo. O amor acaba, é a mais pura verdade. Entendi que ele termina nos detalhes, nas pequenas faltas que se acomulam, na essência que vai ficando pelo caminho. No que vai sendo deixado de lado. E assim, nas maiores infelicidades, ele finda.
Há amores que acabam sem ter começado direito, há amores que nem deviam ter começado. Há antigos, longos e arrastados amores, que se estendem quando não existe mais sentido e tudo que esse sentimento consegue causar nos envolvidos não passa do desgaste, puro desgaste. Amores incondicionais, amores platônicos, amores infindáveis, amores eternos... tantos deles guardados em um canto empoeirado do passado, sem perspectivas de retorno.
E não posso evitar me fazer essa pergunta; teriam os meus amores, melhor dizendo, o meu amor, tão abstrato, tão distante e tão idealizado, alguma chance de acontecer?
A realidade é que apenas os verdadeiros amores, não os infindáveis, mas sim os sinceros, apenas esses sobrevivem. Todos os dias, essas almas encontram motivos pra se apaixonar de novo. Então por que as nossas não conseguiriam? Creio que esses motivos não ficam jogados por aí, só aqueles que realmente procuram, desejosos de encontrar, chegam a eles. Sinceramente, nas vezes que procuro pelos motivos que me fazem dizer aquele 'oi' desajeitado todos os dias, encontro apenas ele, e descubro que não tenho razão aparente pra amá-lo. Ao contrário, tenhos todas as razões do mundo pra não levar isso adiante. Ainda sim, prefiro criar desculpas esfarrapadas pra sempre e sempre voltar a seus braços.

sábado, 18 de setembro de 2010

Not this time...


Não, não acabou. Ele ainda está lá, e eu ainda sinto algo inexplicável por ele, uma mistura de amor, carinho, cumplicidade e amizade. Acho que o silêncio não foi por falta de palavras, mas sim de oportunidades para dizê-las nesses últimos dias tão complicados em que lamentei sinceramente sua ausência pra me dar algum conforto e me fazer sorrir.
Só sei que, ao que parece, o "The End" vai ter que esperar, quem sabe por muito e muito tempo. Por mim, ele nem precisa acontecer.

The end


E eu me culpo e me descabelo por ser tão fraca, tão imatura e por não ter palavras o bastante. Quantas coisas eu queria ter dito antes de gastar todos os sorrisos que eu tinha... eu, que achei que pudéssemos falar e falar pra sempre, como se isso te mantivesse aqui e te fizesse pensar dois minutos em mim.
Mas chegou um dia em que não havia mais o que dizer.
Você já sabia de tudo, até das minhas maiores infantilidades e de meus medos estúpidos, e eu achei que também te conhecia, com seus defeitos e qualidades, sim, que fiz questão de encontrar, porque sabia que existiam. Mas não lembro direito do seu rosto. Não importa, não era ele que eu esperava ansiosamente encontrar todos os dias. O que eu esperava eram suas frases mais desconexas e erradas, pois foi com elas que eu constuí dentro de mim um lugar que era só seu. Esse é o meu jeito de dizer 'eu te amo'.
E agora, não tenho mais o que contar. Perdi as frases erradas, perdi o brilho dos olhos. Até agora, não sei se alguma coisa valeu a pena pra você. Pra mim... bem, você me conhece. Se estou escrevendo, é claro que valeu muito a pena.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Tem horas em que não conseguimos pensar em mais nada a não ser deixar as coisas como estão, talvez por tudo estar dando certo ou errado demais pra tentar algo diferente. Fato é que acabamos acomodados, presos a uma situação por vezes não muito confortável, mas ainda sim suficiente. Suficiente quando não há motivo pra mudar, suficiente quando não há forças pra tentar essa mudança - muito menos pra querer qualquer coisa que não seja um canto sossegado pra você e seus pensamentos. Nem sempre você "está bem assim", mas prefere estar bem do seu jeito, pois cada um sabe o limite de sua dor e a parcela que ela consegue ocupar naturalmente dentro de si. Talvez o ideal seja alguma coisa como o meio termo entre o não suportar e o felizes para sempre, o ponto "perfeito" em que deveríamos estar pra não ter que buscar, na dor incontrolável ou na alegria eterna, esse alguém que se acomodou em nossas vidas.

domingo, 12 de setembro de 2010

Cacos


De uma maneira engraçada, você ainda me persegue. Sei que você não está aqui e talvez se sinta bem melhor do que eu por isso, mas, mesmo sabendo que é só uma vaga ilusão, quase posso te tocar. Curioso é te encontrar de novo sem motivo aparente, nos rostos, nas calçadas, no céu e até nesse vento gelado de outono. Às vezes, sinto como se seus olhos ainda pudessem me ver e suas mãos me guiar, uma caricatura barata do que um dia sua presença física significou; às vezes, é como se a lembrança da risada despretenciosa viesse apenas pra quebrar o meu gelo, nas horas mais oportunas, como um pretexto pra me fazer sorrir também.
Você não é um atraso, ou um fantasma que aparece só pra me confundir e pertubar a pouca sanidade que me resta. Você é parte dessa essência de cada suspiro de alegria que consigo dar, é o personagem principal de alguns textos que fiz e guardei na gaveta bagunçada, é um, dois ou três cacos no mosaico que construí acordando todas as manhãs pra viver um novo dia. E esse mosaico não seria completo sem a parte que lhe cabe.
Se hoje sou quem eu sou, também sou uma parte de você.

sábado, 11 de setembro de 2010



E sempre, em algum momento do reencontro, te dizem que você mudou. Está diferente, não é mais aquela garotinha engraçadinha que destruía a casa com seu incrível velotrol, ou a menina de óculos e aparelho de algum - ou muito - tempo atrás. Você parece mais madura. Esboça no rosto os traços de alguém mais decidido, confiante e ciente do que acontece a seu redor. Parece que, nesse meio tempo em que se distanciaram, muita coisa aconteceu em sua vida, coisas suficientes pra que você merecesse esse sorriso e esses olhos de quem não se deixa intimidar, de quem não é manipulável.
De um modo geral, você não mudou tanto assim. Ainda é imprevisível e tempestuosa, às vezes, ainda gosta das mesmas porcarias inúteis que ninguém entende e que você guarda como se fossem pequenos tesouros, ainda lê muito, ainda chora por quem não precisa de suas lágrimas e, principalmente, ainda sente saudades. Mas agora, quando o outro finalmente voltou, agora que finalmente está aqui, talvez você possa dizer pra si mesma que ficou diferente. Afinal, aquele aperto que você tinha no peito e que preenchia um espaço enorme em sua vida desapareceu. A saudade se esvaiu, e deu lugar a um contentamento desmedido.
É. Pensando bem, você é quase outra pessoa.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Rock'n Roll


“Rock’n’roll é tão fabuloso, as pessoas deviam começar a morrer por ele. (...) As pessoas simplesmente devem morrer pela música. As pessoas estão morrendo por tudo o mais, então por que não pela música? Morrer por ela. Não é bárbaro? Você não morreria por algo bárbaro? Talvez eu deva morrer. Além do mais, todos os grandes cantores de blues morreram. Mas a vida está ficando melhor agora. Não quero morrer. Quero?” - Lou Reed (ex-Velvet Underground)


Rock é uma das poucas coisas que conseguem transformar as pessoas, que fala exatamente o que sentimos e com toda a intensidade desse sentimento, que faz jus ao que temos de melhor e de pior. Vejamos como chegamos a esse ponto.
O rock nasceu no final da década de 40 e início dos anos 50, pela mistura da música negra do sul dos EUA com country, fazendo um ritmo rápido, diferente de tudo que já tinha aparecido até então. E quem é que dá o ar de sua graça? Elvis Presley, aquele mesmo, do topete e sorriso de galã. Elvis marca os anos 50 com o rock dançante, agitado, que até hoje é, no mínimo, muito bom.
Na década de 60, vem o papo da rebeldia e da transgressão (leia-se 'o foda-se'), e quatro moleques atrevidos de Liverpool descobrem que se enquadram perfeitamente nesse perfil: John, Paul, George e Ringo. The Beatles. Ah, pra não falar naquele povo lindo, tipo The Mamas & The Papas, The Who, Pink Floyd, Rolling Stones e The Doors.

Lá por 1970, uma mente brilhante inventa o videoclipe e aparecem bandas com uma batida mais pesada: Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. AC/DC, os tios mais incríveis do rock, se formaram nesse meio tempo, em 1973. O Queen também faz bastante sucesso na época, com aqueles shows muito dignos que o Freddie Mercury dava.
Nos anos 80 teve de tudo. O rock passou a ser representado por gente que ia desde Talking Heads, The Clash, The Smith e The Police a U2. Michael Jackson não fazia rock, mas era foda, todo mundo gostava e veio dessa época também. Enfim.
Muita gente não gosta dos anos 90 e diz que foram uma verdadeira perda de tempo. Eu discordo completamente, afinal meio mundo é hoje viciado em Red Hot Chili Peppers, R.E.M., Pearl Jam, Oasis e Green Day. E com razão. Tem coisa mais tops que o Flea tocando Californication e que o Noel tocando Don't Look Back in Anger?
Depois disso, a gente sabe o que aconteceu. O rock se tornou essencial na vida de pessoas como eu e, provavelmente, você também.
Talvez eu não tenha tempo de ver as próximas gerações crescerem, todos os grandes apaixonados por rock vão morrer. Mas o rock é eterno. Não quero morrer. Quero?

sábado, 4 de setembro de 2010


Tavez fosse a cara que ela fazia. Ah, aquela expressão fascinada, os olhos brilhantes, o sorriso desenhando-se lenta e deliberadamente no rosto... era assim que ela ficava quando contava coisas que ninguém pedia pra ouvir, mas que todos escutavam com olhos tão brilhantes quanto os dela.
Ela desenhava no ar, tateava o vento e criava figuras com as mãos. Procurava no céu algo substancial que desse mais forma a suas ideias, como se quisesse que o mundo inteiro visse aquilo que ela contemplava só com o pensamento. Tentava controlar a própria voz, pra não gritar. Mas às vezes sussurrava, e seu fio de voz chegava mais longe que qualquer grito.
Aliás, nunca escolheu as palavras certas. Não escolhia direito nem a roupa que ia usar. Então, não usava as melhores palavras, apenas as que sabia. E, sem perceber, carregava cada uma com um suspiro profundo, um leve esganiçar, uma risada, uma admiração ou um pesar que saía de algum lugar do coração. Era dotada de talentos sutis, e um deles era justamente o de não saber nada e entender tudo, com uma clareza que só seus gestos descompassados e seus olhos desfocados conseguiam explicar.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010


Só acontece quando estou feliz.
Às vezes, e eu não faço ideia do motivo, muitas lembranças aparecem só por aparecer na minha cabeça. Talvez seja mais um jeito de nunca me deixar esquecer do que realmente valeu a pena nessa vida, do que, até então, estava guardado em um canto empoeirado dos meus pensamentos. Mas esse 'o que valeu a pena' não são os grandes sonhos - realizados ou não -, mas sim cada pequena maravilha que, de alguma forma, fez parte deles.
É a sala bagunçada e cheia de gente da minha 3ª série, os dias de Cosme e Damião em que aquele bando de crianças saíam pra uma verdadeira guerra por doces, os joelhos ralados, as várias vezes em que vi meu dedão do pé esquerdo ensanguentado eca depois de chutar o chão jogando bola e o 6 vezes 9 que eu sempre achava que era 56. Enfim.
Nem preciso falar daqueles que, ainda hoje, constroem memórias que vou levar no coração pelo resto da vida. São essas pessoas a quem não mereço, tão especiais que receberam um nome diferente. Amigos.
Esses foram meus momentos inconscientes de alegria inclusive o dedão do pé e aquela coisa toda, que aparecem do nada e voltam pro nada em que estavam, não sem antes me lembrarem de como a felicidade é efêmera.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Cecília Meireles é a autora de um dos textos mais maravilhosos que eu já li. A arte de ser feliz explica por si só o que eu amo tanto nessas palavras, mas um trecho, em especial, é o meu favorito, e fiz questão de reler esses parágrafos muitas e muitas vezes.

"[...] Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto e, às vezes, faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assusntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.
Houve um tempo em que a janela se abria sobre uma cidade feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.
[...] Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é reciso aprender a olhar, pra poder vê-las assim."

Todas as vezes que penso nessas palavras me dá vontade de escrever, escrever coisas simples e bonitas, pra fazer as pessoas tão felizes quanto eu fiquei ao ler esse texto. Mais ainda, me dá vontade de saber olhar pela janela e ver que tudo está onde devia estar... às vezes, na minha janela há só a escuridão do céu, envolvendo a noite e os corações solitários que os observam. E eu procuro as estrelas, e me sinto completamente feliz.

domingo, 22 de agosto de 2010

[re]conciliação


Tudo bem, vamos conversar.
Não, é claro que eu não vou retirar nada do que eu disse. Falei. Falo demais, muito mais do que eu devia. Ótimo então, vamos conversar sobre isso. Vamos tirar tudo a limpo, deixar as coisas bem claras, sem eufemismos, sem mais delongas, sem grandes formalidades - só o necessário pra não perdermos a compostura.
Eu sei e você também sabe que não devemos dar muita importância pro que já passou, afim de não revirar aquilo que só nos faz mal, não é mesmo? Mas às vezes eu queria entender direito o que deu errado, por que deu errado e como essa briga toda foi parar tão mas tão longe. As coisas passam, sabe-se Deus o que mudou desde nosso desentendimento, mas parece que de um jeito ou de outro sempre voltamos ao mesmo ponto. É como uma parede que se ergue entre nós, feita de muitas indiretas que, tenho certeza, não são nada - e absolutamente nada - perto de nossos próprios pensamentos sobre o outro.
Se voltarmos à questão 'quem errou?' as coisas vão piorar. Então, pra não dar essa brecha, eu só queria dizer qualquer coisa que aliviasse o clima estranho que paira sobre o ar acima de nossas cabeças. Nenhum de nós foi santo. Nunca seremos. E de nada vai adiantar procurar os culpados no meio de tanta confusão. Mas saiba que, não só pra mim, mas também pra todos os envolvidos que você bem conhece, o tempo pode curar algumas feridas e deixar outras, talvez menos profundas - mas não menos dolorosas - em seu lugar. Seus machucados ainda devem incomodar também. É por isso que sempre voltamos ao mesmo lugar, às mesmas indiretas, porque existe uma pontada inconsciente de orgulho e dor dentro desse montinho de cacos quebrados que é o nosso coração.
Eu nunca quis seu mal. Então acho que a solução é justamente essa, continuar não te desejando nada de ruim, mas sim sorte. E claro, felicidade. É o que você mais quer, é o que eu espero que você tenha, de verdade.
Certo, não estamos nos reconciliando, de fato. Essa é uma questão complicada. Mas eu queria deixar as coisas num nível em que ninguém se agredisse, um nível pelo menos de estabilidade, pra que nenhum de nós mencionasse o nome do outro com desprezo ou mágoas, mas sim seguisse a própria vida e esquecesse dessa história. Eu sou cabeça dura demais pra voltar atrás e fingir que nada aconteceu, então não espere de mim mais do que bom comportamento e silêncio. Desculpe, mas amizade é um elo forte que, quando quebrado, não tem SuperBonder que cole. O que eu busco não é reatar esse elo, ele se desfez, ponto. O que eu busco é simplesmente evitar ou sair de uma guerra.

E acho que concordamos em uma coisa: foda-se o resto.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

[in]utilidades


Não sou nada de importante pra ninguém que é importante. A não ser que você seja contado como alguém importante, porque é o que acho de você. Faz sentido?
Não.
Mas se eu fosse importante pra você, que é assim tão importante pra mim, será que poderíamos ser mais do que um sopro pra apagar um incêndio, ou um copo d'água pra encher um oceano? afinal, é tão sem importância quanto uma ou duas almas perdidas por aí no meio de 6 bilhões que parecem ter sempre muito o que fazer.
Não me importo com o tempo. Você não se importa muito com Português. Fala, apenas fala o que quer, quando quer e do jeito que quer, e é sincero. Isso basta. O resto não tem importância. O resto de nossas bobagens são todas aquelas coisas complicadas demais, que só interessam a quem não liga mesmo pra gente. Enfim, são todas aquelas coisas que só interessam ao resto do mundo.
Se você pedir, eu volto a falar das mesmas coisas que eu falo todo dia. Se você me ajudar, minhas ideias não vão acabar agora. Se você não se importar, vou continuar escrevendo pra só você entender.

domingo, 8 de agosto de 2010

Beirut


É claro que todo mundo já conhece o Beirut. Afinal de contas, todo mundo queria saber de quem era aquela música linda, perfeita e viciante de Capitu, tão singela quanto a própria personagem de Machado de Assis. Mas ainda sim vale a pena comentar um pouquinho, né? Enfim.

Beirut é a banda de Zach Condon, o cara que nasceu no interior dos Estados Unidos, cresceu em Santa Fé, Novo México, e muito cedo deixou a música fazer parte de sua vida - aprendeu sozinho a tocar vários intrumentos, como trompete e ukelele. A própria Santa Fé inspirou o som de Zach, pois na cidade é grande a presença de latinos; assim, Zach cresceu em meio a algazarras e festas com muita alegria e música sem parar. E o rapaz adorava. "Santa Fé tem tantos Latinos que eu me sentia um gringo em minha própria casa. Mas gostava. A imigração é a melhor coisa dos EUA. Toda música deve muito à miscigenação de culturas.", ele conta.
Zach viajou pelo mundo aos 16 anos, largou a escola e a faculdade e fez o Beirut, que hoje é composto por oito músicos. Alguns dos Eps da banda são Gulag Orkestar,de 2006, e The Flying Club Cup, de 2007. Nem preciso indicar a música Elephant Gun, mas pra quem não conhece, vale muito a pena ouvir. Outras tão perfeitas quanto são Nantes e Postcards from Italy, inspirada nas memórias de Zach Condon.


sábado, 7 de agosto de 2010

!?


Chega uma hora na vida de todo mundo em que não basta adiar uma decisão. O 'pensar depois' não é mais suficiente, porque você já teve tempo pra pensar demais. Chega o momento de escolher, e mais ainda, encarar as consequências. A vida é feita disso. E mais importante do que saber que você tem decisões a tomar é lembrar que sempre existem opções, talvez não as melhores, mas ainda sim opções. Cada um faz suas escolhas e tem seus próprios motivos pra isso.
Dúvidas cruéis fazem o mesmo efeito que pulgas atrás da orelha. Ambas tornam as coisas mais difíceis, mas ambas induzem a sua cabeça a raciocinar bastante antes de dar um passo em falso. Quer dizer, nem sempre. Se você for do tipo impulsivo estourado momentâneo do agora como é o meu caso, vai se jogar de cara, mesmo se na frente houver um colchão ou uma cama de pregos. Mas se suas dúvidas ou suas certezas que não fazem muito sentido (ou sentido nenhum) te levarem pra felicidade, você terá escolhido bem, independente de quem concordar ou não com isso.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ps.: Eu te amo.


Queria olhar nos seus olhos. Eu sei, e você também deve saber, que só as letras rabiscadas num pedaço de papel não resolvem muita coisa. Vou te mandar milhares de cartas, por milhares de anos, e encher a porta da sua casa com minhas palavras tortas. Se sua pressa deixar, você irá parar sua vida por cinco minutos pra escrever qualquer coisa em resposta, pra pensar em tudo que eu disse. Não me importo em gastar meu português ruim se sua visão embaçada for se esforçar pra ler.
Mas tem uma coisa que eu nunca vou conseguir dizer, muito menos explicar. Não posso falar das batidas do meu coração. Não posso nem contá-las enquanto escrevo. E é aí que me preocupo com a distância, não por separar nossas mãos, mas pelo som das batidas descompassadas aqui no meu peito que você não poderá ouvir.
Não se esqueça de voltar.

Ps.: Eu te amo.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sutilmente


Ela já fez de tudo. Já tentou de todas as maneiras sutis possíveis demonstrar interesse. Já piscou, sorriu, olhou meio de lado, implicou, cutucou, abraçou... e nada. Ninguém nesse mundo faria melhor.
Ela que o conhece tão bem, que repara em cada gesto seu, mesmo que ele não note. Mesmo que ele nunca note. Ela que se pergunta todo santo dia qual é mesmo o seu problema. O que ela tem de errado, afinal? Por que sua hora de encontrar o cara certo nunca chega? Ela não quer um Príncipe Encantado. Ela quer alguém comum, tão comum que só ela repara, tão comum que só a ela faz bem, faz mal, faz feliz e faz triste.
Mas aí é que está. O problema não está nela. Ela é interessante, e tem todas as qualidades que devia ter; a sensatez, a amizade, a displicência nos momentos certos, a esperteza, e tem lá sua beleza. Não é perfeita. Mas isso faz dela melhor ainda, por não ser ideal - sinceramente, bonequinhas de porcelana quebram fácil demais.
O problema está nele. Ele é que não é tão bom assim, pra não reconhecê-la quando ela é a única que o reconheceria no meio de outros milhares. Não a merece. Por isso, ela decidiu piscar e implicar sutilmente com alguém que realmente entenda o que é timidez e pisque de volta.

domingo, 1 de agosto de 2010

All Star


Eu não me importo mais. Agora os comentários alheios e provocações passam despercebidos, pois entendi que são tão naturais como minha própria essência. Todos esses que vivem apontando com desgosto meu All Satar sujo, não sabem nada das histórias que ele tem pra contar. São esses mesmos que têm pena da minha camisa amarrotada, a qual uso indiscriminadamente com a mesma calça jeans.
Não me preocupo com isso. Não é que não me importo comigo mesma; é com as opiniões a respeito que faço valer toda essa indiferença. Afinal de contas, a única que realmente importa é a minha. Minha opinião, meu jeito de ser. Não preciso considerar aquilo que em nada me arescenta. E praqueles que me acham digna de piedade, dedico meu mais sincero 'foda-se'.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

1460 dias com ele


Os quatro anos mais longos da história foram só um segundo depois de uma conversa turbulenta. Uma hora de perguntas e mais perguntas, sendo que quase todas continuaram do mesmo jeito, sem resposta. Mas duas coisas ficaram diferentes.
1ª: Eu. 2ª: Você.
Nunca passou pela minha cabeça que você falava sério. Nunca passou pela minha cabeça que tudo, e absolutamente tudo que parecia a maior infantilidade, a mais idiota brincadeira de criança, fizesse parte de um sentimento sincero. E assim foi. Mas especulações não passam disso, de algo que pode ser tudo menos concreto. Ficamos muitos dias achando que não ia dar certo (1460 ao todo), ao invés de acreditar no contrário. O tempo não deixou de passar, mas nos permitimos acreditar que seria sempre igual até um milagre acontecer.
E o milagre não veio.
Nada devia ter mudado, exceto por uma coisa. Você se cansou. Deu um rumo na própria vida, esqueceu essas bobagens que envolviam a mim e minha indecisão. E o que sobrou disso tudo? No fundo da garganta, sobraram palavras não ditas, e nas conversas, um monte de entrelinhas, nós só agora desfeitos. Ah, claro. Sobrou também o meu coração do mesmo jeito de sempre, e o seu já preenchido. Não por mim.
Você me disse pra lembrar de uma coisa. "Eu nunca quis te magoar. Me desculpa por tudo isso, e saiba, eu te amei. Muito." Lembrar não é remoer o tempo todo as mesmas palavras. É só seguir em frente e não deixar que elas se apaguem. Nunca.

quarta-feira, 28 de julho de 2010


Não precisa se desculpar agora, não me importo mais, vou pra casa.
Odeio muitas coisas em você, inclusive o jeito com que, apesar de estar errado, você diz estar certo. Seus livros, seus amigos... até sua música é uma grande porcaria. Seu sarcasmo me irrita. Ah, e só pra deixar claro: você não é tão brilhante. Você apenas pensa que tudo que fez é maravilhoso.
Então não se desculpe, eu vou pra casa.
Talvez eu fique sozinha por um tempo, quem sabe uma ou duas semanas. Mas, apesar de tudo, eu sei que só estarei bem ao seu lado. Sim, só ao seu lado, com seu jeito idiota de achar que sempre está certo e até com sua música ruim, que simplesmente não me deixa dormir.
Não precisa dizer que está arrependido, não peça desculpas, eu vou pra casa.

Post inspirado na música Married With Children, Oasis.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Incondicional


Carinho não é o problema. Você sempre vai encontrar onde nunca imaginou que pudesse haver. Os melhores abraços vem daqueles que pouco falam de sentimentos, mas que conquistam os nossos. Aqueles que às vezes não notamos a presença, pois nos acostumamos a ter sempre conosco, que, muito disretamente, ocupam um espaço insubstituível dentro e fora de nós.
Curioso. Nem sempre aqueles a quem damos importância demais são quem, de fato, se fazem merecedores. Enquanto isso, os que realmente significam muito pra nós estão aí, apenas aí. Não vale a pena dedicar nosso melhor sorriso a quem sequer se dá o trabalho de olhá-lo.
O que todos nós precisamos entender é que amor incondicional não se faz por sua força, mas sim pela frequência em que ela é demonstrada.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Se eu fosse você


Temos a mania de dizer 'se eu fosse você' de um modo leviano demais. É como dar o seu ponto de vista sem realmente viver uma situação.
Você não seria como eu. Não se coloque no meu lugar, porque isso envolve experiências que você não viveu, alegrias e tristezas que não estão gravadas no seu coração e, principalmente, palavras que você não disse. Eu não sou nenhum exemplo, mas sou o fantoche do meu mundo. Todas as vezes que você tenta ser quem eu sou, invade minha peça, sem ao menos conhecer o enredo.
Eu sei que você quer ajudar, que procura estar onde estou e encarar com mais segurança as minhas incertezas, olhar adiante um caminho que ainda não segui e guiar meus passos, mas essa é uma tarefa minha. Agradeço por ainda estar do meu lado. Mas deixe-me pular no escuro, deixe-me descobrir se há, de fato, um chão firme pra pisar. Vou seguir a minha estrada, e só te encontro lá na frente.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

R$ 0,05


7:38 da manhã. Quinta-feira chuvosa. Ônibus lotado. Sono.
Passei 15 minutos sentada no último banco do urbano. Vi um monte de gente entrando e saindo do ônibus, enquanto a chuvinha lá fora era constante, quase apática.
Havia um homem que sorriu e agradeceu ao trocador quando recebeu o troco de seus dois reais. Ele foi um dos poucos que levantou a cabeça pra olhar o senhor sentado numa poltrona velha, recebendo dinheiro e devolvendo moedas, dizendo bom dia pra cada um que passava e se mantinha em silêncio, encarando os próprios pés ou a chuva que batia na janela. O trocador era um sujeito simpático. Tinha um assunto para cada passageiro, puxava conversa quando alguém passava pela catraca, com um bom humor que parecia inabalável.
Levantei. Peguei o dinheiro e fui até o senhor. Ele me perguntou se eu não tinha nenhuma moeda, e naquele segundo quis realmente ter cinco centavos pra entregá-lo. Cinco centavos não pagariam a gentileza daquele homem, muito menos o sorriso bondoso que lhe estampava o rosto, mas seria meu modo prático de retribuir sua simpatia oferecendo um tostão que facilitasse seu trabalho. Imaginei quantos foram os que receberam seu cumprimento e sequer ergueram os olhos pra saber de onde vinha. Cinco centavos talvez fizessem um ou outro vasculhar os bolsos apressadamente no balanço barulhento do ônibus, talvez servissem para despertar a atenção dos mais distraídos e se tornassem um qualquer coisa que aquele senhor ganharia de cada um - já que não sorrisos, já que não 'bom dia'.
Foi então que me perguntei quão barata é a atenção que dedicamos aos outros. A resposta foi guardada na caixa à frente do trocador, enquanto eu dava espaço para que um novo passageiro atravessasse a catraca.

quarta-feira, 14 de julho de 2010


De todas as coisas de já dediquei e de outras que recebi, nenhuma foi tão necessária quanto aqueles minutos. Duas amigas olhando pro nada, cada qual com seus próprios pensamentos, imersas num profundo silêncio. Sim, o silêncio. Era o que podíamos compartilhar.
Quando cada um tem os seus problemas, o melhor que o outro pode fazer é estar presente. Não precisa dizer nada, não precisa fazer nada. Estar ali é o bastante, a amizade já prova que você se importa e sua presença é mais significativa que qualquer coisa.
Amiga, você não pode resolver todos os problemas do mundo, mas pode fazer com que os meus sejam mais simples do que parecem.

sexta-feira, 9 de julho de 2010



Hoje pensei em você. Tive vontade de te encontrar e dizer um monte de coisas, sem sentido, sem importância, mas dizer tudo. Quis muito te ouvir. Seus segredos, suas conquistas, seus maiores devaneios e até seu sonho maluco de anteontem. É assim que somos, não é? Desligados, alheios,completamente perdidos em nossas próprias bobagens. Estamos bem assim.
Várias vezes me perguntei onde íamos chegar com isso. Talvez não tenhamos mesmo um futuro promissor lá na frente do caminho que nossas vidas seguem. Sempre soubemos que não éramos grande coisa. Seria assim tão diferente se, naquele segundo de inconsciência, você nunca tivesse me dito 'oi'?
Todas as vezes que lembro daquela piada ruim que você contou outro dia tenho certeza que não. Continuaríamos iguais, talvez piores. Mas agora que conheço a sensação de rir com você, de chorar ao seu lado e compartilhar meus defeitos e qualidades com as suas falhas e acertos, não sei se seria tão bom se você nunca tivesse entrado na minha vida.
Voltando no tempo e apagando tudo o que aconteceu até aqui, ainda acho que daríamos um jeito de nos encontrar.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Gonna make a Revolution


Vou dizer o que eu vejo.
Um mundo desacreditado, de pessoas inertes, umas vazias, outras se enchendo de falsos anseios e ilusões. Vejo gente que procura por terapeutas, psiquiatras e doutores pra entender questões para as quais as melhores respostas vêm do coração, gente que se entope de remédios, que busca cura onde não há doença, onde o único mal é o medo. Medo de tudo, medo de todos. São pessoas e mais pessoas que precisam acreditar em alguma coisa, em qualquer coisa, que se agarram a um Deus de quem por muitas vezes duvidam.
A geração de hoje não quer mudar o mundo, os jovens simplesmente esperam que qualquer outro, que não eles próprios, tenham uma milagrosa ideia pra melhorar as coisas, ou mesmo acreditam que o McDonalds é a solução de todos os problemas.
Faz um tempo (e agora acho que são séculos), pessoas realmente inteligentes cantaram pro mundo coisas como "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã" e "Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz". Faz um tempo, esses sujeitos foram a voz de milhões de pessoas, e deixaram bem claros os sonhos de cada uma delas. E agora? Quem vai cantar pra nós?
Não sou ninguém importante, não sou famosa, não tenho crédito. Mas toda vez que penso nessas coisas me dá vontade de dizer algo, e é por isso que estou escrevendo aqui. Dane-se se eu desafinar tentando cantar como Renato ou de John, mas eu realmente gostaria que muitos e muitos outros pudessem desafinar junto comigo, só pra experimentar da mesma certeza desses versos:

You may say, I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day you'll join us
And the world will be as one

sexta-feira, 18 de junho de 2010


O (pouco) tempo que restou pra aprender alguma coisa me ensinou pequenas verdades, pequenos motivos pra acreditar ou simplesmente esquecer de uma vez por todas. E em todas as vezes que pensei sobre isso, não pude deixar de me sentir incomodada por não ter sido o melhor exemplo a ser seguido, a mais corajosa, a mais correta ou a mais forte, sem saber se eu era aquela em que se confia ou apenas alguém que não merece um bom lugar na sua memória.
Fiz o que pude. Em nenhum momento busquei ser uma figura digna de aplausos, ou apenas de uma vaga lembrança. Se por acaso cheguei perto disso, foi por tantos outros terem me permitido, outros que poderiam ser você, que me deixaram dar um palpite e escutaram o que eu tinha a dizer. E nem sempre o que eu tinha a dizer era algo proveitoso, nem sempre era a mais pura verdade, nem sempre era assim tão gentil. Mas falei. Enquanto a mim cabe o esforço de escolher uma ou duas palavras que possam servir em qualquer coisa, a quem ouve resta decidir o que fazer com elas.

sábado, 12 de junho de 2010


Depois de procurar em todos os rostos, em todas as ruas e até nos seus melhores sonhos, você entende que a pessoa perfeita não existe, aquela sem defeitos, sem falhas, sem dúvidas ou medos. O que realmente existe é alguém que, por mais imperfeito que seja, você ainda quer que esteja do seu lado, sempre.

domingo, 6 de junho de 2010