sábado, 24 de dezembro de 2011

Pé de meia


Nessa época do ano, não é preciso ir muito longe pra encontrar as mais variadas opções de presente, certo? Pois eu resolvi fazer diferente. Futicando na net, encontrei alguns produtos interessantes e outros realmente bizarros, porcarias e utilidades, miudezas e trambolhos. Depois de peneirar bastante, eis aí uma lista de coisas bacanas e cheias de estilo pra encher os olhos, e outra das bugigangas mais esquisitas do mercado. Feliz Natal!

Ô, lá em casa!

  1. Porta acessórios de madeira em forma de baleia, perfeito pra organizar as coisas na escrivaninha.
  2. Moletom Zombie Attack, todo desenhado pra quem se deu mal com a galera de The Walking Dead.
  3. Abajur - ou a silhueta de um. Simples e bonito, é uma placa de aço com a lâmpada acoplada na parte de trás.
  4. Pen drive em forma de câmera fotográfica.
  5. Travesseiros diferentes, só pra descontrair a soneca.

Absolutamente (in)útil

  1. Sim, é quase o que você está pesando. Se o assunto é esquisitice, vamos começar com o Epic Win logo de cara. Teoricamente, esse objeto é um cachecol - o detalhe é só o complemento que todo mundo nota antes de olhar o pescoço de quem usa isso. Polêmico, não? MAMILOS!
  2. Pra quem quer um cobertor de orelha, isso aí passou perto. Por que sentir frio se você pode colocar uma touca na orelha? Brilhante.
  3. Lavar a louça é uma das coisas mais chatas do mundo. Sendo assim, você pode tornar sua tarefa menos monótona com essas luvas. "Wash hard" pra ser bem hardcore quando lavar os pratos.
  4. Quer causar? Faça do jeito certo com essa gravata de madeira. Coloque-a com um elástico em volta do pescoço e pode sair por aí combinando a peça muito bem com uma Avaiana de Paaaaaaaau!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Ele apareceu sem estardalhaço e, se não queria nada, o que queria parecia ser muito pouco. O mundo é pequeno, mas o coração dela, tão menor, andava vazio o bastante pra que um só fosse capaz de preenchê-lo tão bem quanto ele preenchia aquele banquinho afastado. Por isso ela olhou, sem culpa e sem medo, e não ligou ao reparar que ele olhava de volta. Que fosse - ele lá, ela aqui. Mas ele caminhou despretensiosamente até o 'aqui' de onde ela ainda o observava, antes de desviar os olhos ao decidir que, daquela distância, sua mãe lhe diria que é feio ficar encarando os outros assim. Ele não disse oi. Deixou um comentário sobre o céu escapar como se ao próprio fosse direcionado, ainda que seus ouvidos esperassem por uma resposta vinda de alguém ao lado. Não veio imediatamente, pois ela sentia a imensidão sobre sua cabeça se dissipar frente àquela conhecida - e temida - sensação de acalento, irradiando mansamente sem ter por que. "Por quê?", aliás, era justamente o que ela se perguntava, não uma, mas em todas as vezes. O mais engraçado é que essa era a questão que ninguém conseguia calar, nem mesmo fulanos como o recém chegado a seu lado, que, depois um tempo, eram responsáveis por reafirmar sua dúvida ao virar as costas e seguir sua vida - sem ela. E pensar que sempre começava assim, sem estardalhaço, querendo nada ou muito pouco, pra terminar em um "por quê?" pairando no ar como palavras jogadas aos céus.
Mas o vazio acima (e não dentro dela) estava mesmo bonito. Ela assentiu e ficou pra ouvir mais um pouco do que ele tinha a dizer sobre o céu, a vida e outras bobagens.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Caro Dezembro,



Sei que você costuma receber muitos pedidos e carregar esperanças demais dos outros, inclusive algumas minhas. Parece que a responsabilidade de um ano inteiro recai sobre você quando 11 meses não servem pra dar jeito nas complicações de uma vida, como se o universo tivesse exatos 31 dias pra nos surpreender. Me pergunto se ficamos preguiçosos ou se as coisas estão mesmo difíceis por aqui.
Novembro me tratou muito bem, obrigada, mas não posso dizer o mesmo dos outros meses. Não por terem sido ruins, mas porque simplesmente não consigo lembrar do passado tão recente que deixei em cada um. Parando pra pensar, me veio a sensação de que Novembro também poderia ser chamado de Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro ou Outubro e passaria despercebido pelo engano. Tenho certeza que nenhum deles foi igual e mais certeza ainda que foram diferentes os motivos pelos quais me fizeram feliz... só me incomoda que pouquíssimos desses motivos retornem à memória. Acho que eu devia ter prestado mais atenção – não vi o tempo passar por falta de tempo.
Quem sabe eu pudesse dizer algo a mais se tivesse enviado minhas observações aos outros meses, assim como o faço a você. Fica pra próxima.
Aliás, gostaria que a tal ‘próxima’ fosse melhor em vários outros sentidos. Quem sabe ter mais tempo ou aprender a aproveitar melhor o meu; quem sabe pensar duas vezes – não uma, pra não ser descuidada demais, nem três, pra não ser receosa demais; quem sabe inventar menos problemas e ter mais desprendimento pra tratar dos inevitáveis. Quem sabe o que eu possa vir a querer. Por enquanto, Dezembro, já que você está aqui, aproveito a oportunidade pra agradecer a 2011. Se você suporta os encargos de um ano todo, também pode receber por ele os cumprimentos. Dispensando a retrospectiva e me limitando ao essencial, obrigada pelos bons momentos, os bons motivos, as boas companhias e os bons ventos que trouxeram mais alegria. Quanto a você, seja bom enquanto dure e não se deixe confundir, pois 2012 já está batendo à porta.