sexta-feira, 20 de julho de 2012


E nem foram as mensagens compartilhadas pelo Facebook que me fizeram lembrar da data. Olhei pra estante e vi um buraco entre os livros, coisa que não é admissível considerando o ciúme que tenho de minha pequena coleção; Morangos Mofados jazia sobre a TV, recém-chegado de muitas viagens por mãos, bolsas e prateleiras alheias durante o tempo que passou emprestado a amigos de confiança. 'Amigos de confiança' é um baita de um pleonasmo. Se não fossem confiáveis, (além de não receberem a guarda sobre meus livros) não seriam chamados de amigos.
Tenho um tipo de estima silenciosa. Não sou desses que se derramam em beijos e abraços a todo tempo, engasgo até pra dizer 'eu te amo' porque... sei lá, não sou a fofura em pessoa e nem me imagino sendo. O meu maior privilégio foi ter encontrado quem lesse inúmeras palavras não pronunciadas e sentisse abraços dados à distância de quilômetros, pois esses sim vieram pra não ir embora nunca mais. Todo dia é dia do amigo nesse mundo clichê. Então, a nossa festa começou cedo e ainda temos uma vida inteira pra comemorar.
Nada de frases de Clarice Lispector, Martha Medeiros que me desculpe. Hoje, só o feijão com arroz, simples e sem floreios tal como deve ser - muito, mas muito obrigada por tudo. Sempre.

(A vocês-sabem-quem)