sábado, 15 de outubro de 2011

Life in Film


Sou suspeita pra falar, mas já devia ter falado faz tempo. Há mais ou menos 1 ano, just fooling around como sempre, acabei tropeçando em Life in Film. Edward Ibbotson, Dominic Sennett, Samuel Fry Micky Osment são os quatro rapazes de Londres formadores da banda, que carregam o estilo britânico no jeito de ser e no som. Com guitarras marcantes em arranjos perfeitos, suas músicas têm melodias ótimas pra ouvir e dançar, além de letras lindas cantadas na incrível voz de Sam. Aliás, foi por ele que encontrei Life in Film. O vocalista também trabalhou como modelo da Burberry, e a marca promoveu acústicos de algumas bandas que podem ser conferidos pelo YouTube ou por sua página no Facebook. É claro que a banda de Sam não poderia estar de fora do projeto.
Foi assim que me deparei com The Idiot, e depois Alleyway. Apesar de ter me apaixonado pela versão acústica da primeira, deixo aqui o vídeo original da música, que é bem interessante.



Outras músicas que indico são Suitcase (minha favorita dentre as favoritas) e Sorry. Para mais informações, downloads e afins, visite o site oficial da banda.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011


Preservo essa mania de evitar elogios, merecidos ou não, que eu prefiro considerar um ato de carinho dos mais chegados ou exagero dos que não me conhecem. Alguns podem até direcionar olhares reprovadores, como se eu sustentasse uma relação de profundo descaso com o que sou capaz de produzir, e, portanto, um descaso comigo mesma. Pelo contrário; gosto do que faço porque o faço com gosto, e talvez esse seja o ponto crucial pra dignificar as palavras que partem de mim. Apenas. Além daí, só há uma autora que confunde a própria caligrafia com a de personagens que vivem dentro e fora dela, falando de fulanos nos quais se inclui por ter nascido com os olhos convenientemente perto do mundo e não tão distantes da alma. Sinceramente, estou nesse e em outros meio termos, de onde o som dos aplausos ainda não pode ser ouvido.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Bergson


Ela agora esparramava seus porquês sobre a mesa não na esperança de achar um motivo, mas algo que mais parecia um pretexto. Pra quem aprendeu muito cedo a dar a mão à inteligência pra não andar por aí tropeçando no vento, ela estava se saindo muito bem, obrigada, até experimentar aquela curiosa sensação de saber exatamente o que é certo, mas ter a impressão de que o certo  não é exatamente o que se sabe. E mesmo querendo dar de ombros e seguir a intuição que nem lembrava de ter guardado em si, ela precisava prestar contas à consciência, fingindo que há muito não tinha despachado a tal inteligência de mala e cuia pela estrada afora. Mas o que dizer de alguém que se planejava até pra ser impulsiva? A pergunta ecoou em seus ouvidos e percorreu sua cabeça abarrotada de respostas sem encontrar uma que servisse. Talvez o conhecimento não pudesse fazê-la entender tudo e vida fosse além das verdades construídas depois de muito calcular. "Alguma coisa me diz..." - dessa vez, ela resolveu escutar.

sábado, 1 de outubro de 2011

Murphy


Sorte a dela de ter o pensamento sempre ativo, a memória viva e a imaginação desamarrada de critérios; o azar talvez estivesse no coração, que permanecia ali, permanecendo ele só. Mas cá entre nós, não somos movidos pelo que temos em mente? Não são 'questões de cabeça' que fazem os loucos, os gênios, os sábios e os sonhadores? Sua consciência estava tranquila, mantinha seus planos em paz e ainda lhe permitia usar o bom senso. Sorte a dela, repito, são poucos os que se entendem bem com a sua a ponto de mantê-la no lugar.
Era de se esperar, então, que a feliz casualidade de ter nascido com tamanha segurança pra ouvir a razão servisse pra guiá-la em caminhos e atitudes, ou pelo menos servisse pra qualquer coisa. Engano o dela. Já diz a Lei de Murphy, "Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará". Nesse caso, seu único infortúnio foi o já citado no coração, que conviveu a possibilidade de errar em todos os tais a quem abriu a porta. Aplique a lei e é desnecessário dizer o que aconteceu em seguida. Por isso, mesmo que pudesse ser alguém baseada nas questões de cabeça - louca, sábia, como preferir -, aprendeu que há questões maiores, que fugiam ao trabalho tão cauteloso e esforçado de sua consciência. E, pelas questões do coração, a chamavam de poeta.