quinta-feira, 10 de novembro de 2011


Quando eu digo que não levo jeito, não é nem parece mentira. Se desvio os olhos, torço as mãos, me distraio fácil com um ponto qualquer longe dali, é porque conservo a absurda imaturidade de não saber enxergar as coisas como são. Melhor, acho que enxergo bem demais. Por isso, tenho acreditado que não vale a pena dar mais que um "bom dia" de atenção, que dirá trocar meia dúzia ou menos de palavras em favor de uma causa perdida, diga-se de passagem, há tanto tempo que agora parece outra realidade. Já não sei tocar no assunto e também não tenho mais disposição pra evitá-lo. Talvez o nome certo seja desgaste, mas chamar de inconveniência não é assim tão errado. E, de repente, a questão volta, ele volta, com aquela eloquência característica pra dizer "oi" e achar que está tudo bem.
Não está.
Não tenho mais pique pra isso. Esgotei minhas reservas de complacência, esgotei as chances de erro por não ter tempo de sobra a perder. Se for pra escrever um novo capítulo depois de um livro quase em branco, com a ressalva de poucas notas de página, que não seja pra livrar sua consciência, como que desencarregá-lo uma obrigação com a própria moral, pra formar o bom moço ou cumprir as formalidades de uma boa educação. Do contrário, melhor deixar tudo como (não) está, pois a mim pensar de vez em quando no pretérito imperfeito já não faz bem nem mal.

Mas pensar no futuro...

2 comentários:

  1. Larissa,Ficou bom!
    Além do mais obrigado, não sei porque ao ler isso, sabia descobri que precisava de ler isso e começar a entender certas coisas!
    Obrigado!

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  2. E como é "arroz de festa" esse desgaste... Mais cedo, ou mais tarde, lá está ele.
    O melhor a fazer é se livrar disso, aos trancos e barrancos.

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