sábado, 15 de maio de 2010

Stop. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Parei pra parar, simplesmente parar. As coisas andam corridas por aqui, ninguém se olha mais nos olhos, aliás, eles quase nem respiram... estão ocupados demais. Os passos apressados nas ruas passam também pela minha vida, porque eu noto; ou tento notar. São pessoas exaustas, tanto que alguns nem isso demostram, permanecem inertes, quase crus.
É por isso que parei, no meio do nada, na frente de tudo, olhando pra essa loucura a deram o nome de vida. Eu parei pra pensar, pra ver quantas e quantas besteiras eu fiz em dois segundos, pra prometer em outros dois segundos que não ia acontecer de novo. Eu parei pra escutar o barulho ensurdecedor do silêncio, que enchia tudo em volta, que balançava as paredes, que tremia o chão. Que era calmo. Parei pra esquecer o passado, sem lembrar que havia um futuro, apenas cada migalha do presente que eu tinha nas mãos. Presente. Sim, isso era o que eu tinha. Um grande presente do tempo, que me deixou abrir os olhos por um segundo efêmero, um segundo de atrevimento em que eu encarei o mundo, finalmente, como ele sempre devia estar.

2 comentários:

deixe seus pingos nos Is: