sábado, 9 de junho de 2012

texto 1 x 1 ideia



Ok, não está dando certo.
Toda santa vez (e quando digo santa é santa mesmo) que me ocorre uma boa ideia pra fazer o Conta-gotas pingar novamente, tenho exatamente isso: UMA boa ideia. Ideias não escrevem textos, meus caros. Melhor, ideiaS escrevem sim - UMA ideia é que, sozinha, não consegue ir pra frente. Cá estou lançando esse pensamento depois de semanas - semanas, veja você! - em branco, então o leitor, cuja paciência já pedi tantas vezes que chega a ser atrevimento, deve imaginar o que estou tentando dizer.
Aos trancos e barrancos, empurro esse blog pra frente, ora com conversa fiada, ora com as pieguices dos meus 17 anos, ora com os apocalipses dos meus 17 anos e ora com promessas furadas de não parar de escrever. De qualquer forma, o blog segue cambaleante pelos domínios do Blogger e eu cambaleante pela minha falida carreira de pseudo-escritora. No dia 12 de fevereiro de 2012, postei as seguintes palavras, confira comigo no replay: 

[...] pretendo - veja bem, eu disse pretendo - publicar ao menos 1 (um) texto por semana, o que provavelmente ocorrerá aos sábados domingos, sabe-se Deus a que horas. Resumindo: diga ao povo que escrevo.

Desses dias remotos até então, publiquei exatamente 4 posts e mantive não mais que isso em rascunho, mas transcorreram 17 - dezessete, por extenso mesmo - semanas até eu notar que o plano tinha falhado. Não, o Conta-gotas pinga. E é por isso que venho anunciar o plano B (ou Z, se o leitor considerar todos os outros que deram errado).

Como agora só tenho uma ideia de cada vez, resolvi confrontar o pensamento inicial desse post - Sim, UMA ideia, sozinha, consegue ir pra frente. Se, ocasionalmente, ela se unir a outras pra esticar as linhas de um texto, melhor ainda. A questão é que não irei mais esperar pra unir a fome com a vontade de comer (?), afinal, no fundo é tudo a mesma coisa. Pensei, escrevi. Simples assim. Essa abordagem é tão nova pra mim quanto pra qualquer um que passou pelo Conta-gotas antes do dia de hoje e viu além de poeira e aranhas fazendo teia que costumo escrever textos longos, cartas, discursos, testamentos e monografias. É. A partir de agora, não fique intrigado, caro leitor, se encontrar duas linhas mal e porcamente expostas nessa página. Não tenho certeza nenhuma sobre como as coisas serão daqui pra frente, não sei se a experiência vai dar certo, se vai jogar o Conta-gotas de vez no buraco ou se nada vai mudar. O que eu não posso é continuar com uma vontade inacabada de escrever, pois nada me conforta tanto quanto despejar as palavras em algum lugar.
A você que leu até aqui, você que eu talvez nem conheça, que mora longe, que mora perto, que nunca me viu, que me vê todo dia, que me acha linda, que nem tanto, que é minha mãe (beijo, mãe!), que já não aguenta mais ouvir as minhas desculpas... muito obrigada.
Sinta-se abraçado daquele jeito bem forte como quando a gente quer dizer sem dizer que gosta muito de alguém.

Nota: Pra informar que meus textos serão mais sucintos, fiz um post do tamanho de Os Lusíadas. Ironia do destino.

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