É
complicado.
Sei que
essa não é a melhor forma de começar um texto, mas sempre encontro dificuldade
pra fazê-lo e prosseguir como se as palavras fossem naturais, quase prontas pra
serem escritas, quase predestinadas a estarem aqui. Não funciona bem assim. Às
vezes, simplesmente não funciona mesmo. Então, vamos deixar de lado as
introduções (especialmente essa mal feita que você acabou de ler) e ir logo aos
enfins do meu caso.
Coisa que também não é assim tão simples.
Passar ao menos dois bons parágrafos juntando as ideias,
jogando joguetes de palavras aqui e ali, te fazendo pensar a respeito,
despertando a curiosidade onde talvez só houvesse desinteresse e nada mais útil
a fazer... quem dera fosse fácil. Mas é. Não pra mim, sinto dizer. Pra outros,
mais habilidosos e atentos que eu. Apenas engano bem – bem, não é?
Perdoe-me
se cheguei a falhar.
Fica a
vontade de criar metáforas com simplicidade, como alguém que exemplifica um
termo complexo se apoiando em situações banais. Me falta essa capacidade pra expressar
do jeito difícil e parecer inteligente, mas também a de expressar do jeito
fácil e fazer com que seja bonito. Assim tem sido desde ontem, ou há algum
tempo, ou desde sempre. Vim na esperança de que hoje fosse diferente, pois
ontem, ou há algum tempo, ou desde sempre é tempo demais vivendo – melhor, escrevendo – num meio-termo que nem em
sua própria qualidade se decide entre bom ou ruim. É um estado intermediário
que não preenche nem transborda, se mantém imparcial. Já te ocorreu que hoje
talvez eu queira a sensação da sede ou do sufoco?
Não sei se
vou bem, sabe-se lá se, inconscientemente, vou de mal a pior. Minhas palavras
mornas, nunca quentes, nunca frias, agora só fazem me incomodar quando sua neutralidade deveria ser um alívio. Elas param no meio do caminho, eu paro no meio do caminho e me
permito a falta de uma continuação, por vezes, sem querer. Por mais pontos
finais que eu consiga inserir, a conclusão é sempre algo que permanece vago
acima da resolução contida num simples sinal gráfico. Encerra-se a frase, mas o
pensamento... esse nunca se fecha. Não finalizo, que dirá com chave de ouro.
Talvez mereça mesmo uma de latão pra premiar meu talento vagabundo de 'parar por
aqui'.
E parar por aqui.
NA M-O-R-A-L, você manda muito! Parabéns!!
ResponderExcluirGostei muito do jeito que você escreve!
ResponderExcluir--
@zumblorg